Os títulos anunciam o texto jornalístico que encabeçam, e são aquilo que em primeiro lugar o leitor apreende quando se debruça sobre as páginas de um jornal. O leitor típico vai viajando de título em título até encontrar algo que lhe prenda definitivamente a atenção, ou corresponda aos seus interesses quotidianos: aí detém-se, prosseguindo a leitura da notícia. Nenhum jornalista desconhece a importância da arte de titular e, também, as dificuldades que a construção de um bom título apresenta.
O título é sempre o mais delicado e o mais difícil de obter numa peça jornalística. Um bom truque consiste em deixá-lo para o fim, para depois de se ter concluído a peça, altura em que o jornalista domina perfeitamente o seu conteúdo. Por vezes isto basta. Ou então fazer uma pausa e pensar noutra coisa depois de terminado o trabalho — uma forma de não menosprezar o poder e a permanente vigília do subconsciente, que às vezes, surpreendentemente, oferece prendas inesperadas.
Descrever as funções e principais características do título, e ainda fixar algumas das regras a que a sua construção deve obedecer é tudo quanto um manual pode fazer pelo jornalista. A consecução de títulos brilhantes, bons, maus, razoáveis, péssimos, ou geniais é um acto criador solitário, com resultados muitas vezes desiguais, que cada jornalista tem de enfrentar sozinho.
“Consideramos bom o título que prende a atenção de todos os leitores, quaisquer que sejam os seus particulares interesses, gostos e hábitos de cada um, ou seja: o que salta à vista e, ao mesmo tempo, se revela ‘suficientemente explícito para que toda a gente o compreenda com facilidade, e misterioso q.b. para suscitar o desejo de obter mais informações’ sobre a matéria que apregoa”, diz Daniel Ricardo
(<http://www.bocc.ubi.pt/pag/gradim-anabela-manual-jornalismo-2.html>. Acessado em 16/10/10)
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