Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas".
A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".
Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.
A entrevista tem um número de variantes case indeterminadas, a seguir citam-se vários tipos de entrevista que aparecem nos médios de comunicação:
- Informativa ou de atualidade
É a vinculada com os feitos do dia
- De divulgação
- Testemunhadas
- Declarações
- Inquéritos
- Perfil ou semblanza
- Cuestionario fixo
- De investigação ou indagação
- Interpretativa
Exemplo:
Entrevista com Fiuk: o cantor fala da sua grife e dos novos projetos
Fiuk deixará o elenco de Malhação ID na próxima temporada para estrear no novo reality show adolescente, chamado Jogo da Verdade, que será exibido pelo Fantástico. Além de toda produção como ator, sempre paralelo com o sucesso da banda Hori, o gato também está investindo em novos projetos. Recentemente ele lançou a sua própria coleção de roupas para a grife N.G.C.H., todas com o seu estilo megadescolado. São tantos trabalhos que o cantor até confessou que chega na sua casa literalmente acabado. Mas claro, sobra um tempinho para namorar e também curtir as fãs. Confira a entrevista que Fiuk deu para a gente, falando sobre essa rotina supercorrida!Na sua vida pessoal, você não consegue ficar muito sozinho. Dá tempo de namorar?
Fiuk: Dá. Dá tempo. Se não der, eu travo. Você gosta de namorar e o que é mais gostoso durante o namoro?
Fiuk: É muito bom porque quando você está trabalhando muito, correndo muito, você começa a dar valor para tudo. Tudo! Para qualquer momento. O momento em que você está na estrada, o momento que você esta gravando, o momento em que você está em casa, que você está com sua namorada, com sua família. Eu estou num momento muito bom da minha vida. Eu estou vendo muita coisa que eu não reparava muito. De sentimentos mesmo, das coisas simples da vida. Com quem você gostaria de fazer uma parceria musical ou para atuar?
Fiuk: Eu tenho um sonho muito distante, que é uma pessoa que eu admiro muito. Que é uma banda americana, o Paramore, eu sou fanzaço. Eu ia gostar bastante. E atuando?
Fiuk: Atuando... As pessoas que eu quero um dia dividir uma cena junto eu ainda não tenho porte para isso. Vai demorar uns 15 aninhos ainda para eu fazer uma cena. Lilia Cabral, Wagner Moura. Eu estou no dedinho do pé deles ainda e olhe lá. O modo como vocês se vestem é uma inspiração para os fãs. Qual o seu estilo e é verdade que você lançou uma grife?
Fiuk: Quem escolhe a nossa roupa é a gente. Fora o estilo, eu lancei uma grife agora, com a marca N.G.C.H., com uma linha de roupas como esta que eu estou usando (uma camisa xadrez de vermelho). Essa roupa já é da grife. Eu estou numa fase bem colorido. Eu era muito preto e branco. Não só no estilo. Na vida mesmo. Eu era muito careta, era muito sério. O “Bernardo” foi o meu grande divisor de águas. Eu peguei o colorido e levei umas calças minhas para as gravações, vermelha, verde. Aí, essa linha de roupas está bem feliz, bem colorida. E como surgiu a ideia de lançar uma grife?
Fiuk: Foi uma parceria com a empresa N.G.C.H. Foi uma ideia dos dois, minha e deles. Eu tinha vontade e eles tinham vontade também. E rolou legal. É uma linha masculina e feminina, claro. Você foi eleito o cara mais beijado do país. Como você recebeu essa notícia?
Fiuk: Que doido. Eu não sabia, não. Como é que é? É bom. (risos). As fãs roubam muitos beijos?
Fiuk: Também. Mesmo sabendo que você está namorando, elas roubam beijos?
Fiuk: Tem umas fãs que não têm nem dó nem piedade e vão ali com a fé. Você já ficou com uma fã?
Fiuk: Eu não sei porque surgiu esse boato de que eu ficaria com uma fã. Fã nada mais é que uma pessoa que te admira, escuta sua música, que vai ao show. Não tenho preconceito nenhum. Mas agora eu namoro. Você é muito sentimental?
Fiuk: Eu sou bem emotivo. Total. Que rumo você acha que sua carreira vai seguir daqui para frente? Vai ficar mais no lado musical ou mais para a atuação? Você gostaria de fazer teatro?
Fiuk: Minha vida é música total. Eu respiro música 24 horas por dia. Mas o bichinho da atuação me mordeu também. Agora, teatro, eu acho que eu não me sinto capaz de fazer teatro.Seu pai já abriu mão de novela por causa da música. E se chegar um momento em que você tiver que escolher?
Fiuk: Não vou largar a música, não. Não largo. Espero não ter que passar por isso porque eu amo fazer os dois. Música é tudo junto. O que você acha que é fundamental em uma mulher?
Fiuk: Fundamental é bom humor.E o que você não atura em uma mulher de jeito nenhum?
Fiuk: Falsidade. Ou mulher materialista. E sobre Fiuk, como se fala e quem escolheu esse nome?
Fiuk: Se fala Fíuk (com a sílaba tônica no i). 50% falam certo. Tem gente que fala Fiúk (com sílaba tônica no u). E quem escolheu fui eu. (risos). Estou brincando. Foi o apelido que um amigo meu me deu. Entrevista: Clayton Gallo
Texto: Larissa Faria
Foto: André Wanderley/Colaborador
Fiuk: Dá. Dá tempo. Se não der, eu travo. Você gosta de namorar e o que é mais gostoso durante o namoro?
Fiuk: É muito bom porque quando você está trabalhando muito, correndo muito, você começa a dar valor para tudo. Tudo! Para qualquer momento. O momento em que você está na estrada, o momento que você esta gravando, o momento em que você está em casa, que você está com sua namorada, com sua família. Eu estou num momento muito bom da minha vida. Eu estou vendo muita coisa que eu não reparava muito. De sentimentos mesmo, das coisas simples da vida. Com quem você gostaria de fazer uma parceria musical ou para atuar?
Fiuk: Eu tenho um sonho muito distante, que é uma pessoa que eu admiro muito. Que é uma banda americana, o Paramore, eu sou fanzaço. Eu ia gostar bastante. E atuando?
Fiuk: Atuando... As pessoas que eu quero um dia dividir uma cena junto eu ainda não tenho porte para isso. Vai demorar uns 15 aninhos ainda para eu fazer uma cena. Lilia Cabral, Wagner Moura. Eu estou no dedinho do pé deles ainda e olhe lá. O modo como vocês se vestem é uma inspiração para os fãs. Qual o seu estilo e é verdade que você lançou uma grife?
Fiuk: Quem escolhe a nossa roupa é a gente. Fora o estilo, eu lancei uma grife agora, com a marca N.G.C.H., com uma linha de roupas como esta que eu estou usando (uma camisa xadrez de vermelho). Essa roupa já é da grife. Eu estou numa fase bem colorido. Eu era muito preto e branco. Não só no estilo. Na vida mesmo. Eu era muito careta, era muito sério. O “Bernardo” foi o meu grande divisor de águas. Eu peguei o colorido e levei umas calças minhas para as gravações, vermelha, verde. Aí, essa linha de roupas está bem feliz, bem colorida. E como surgiu a ideia de lançar uma grife?
Fiuk: Foi uma parceria com a empresa N.G.C.H. Foi uma ideia dos dois, minha e deles. Eu tinha vontade e eles tinham vontade também. E rolou legal. É uma linha masculina e feminina, claro. Você foi eleito o cara mais beijado do país. Como você recebeu essa notícia?
Fiuk: Que doido. Eu não sabia, não. Como é que é? É bom. (risos). As fãs roubam muitos beijos?
Fiuk: Também. Mesmo sabendo que você está namorando, elas roubam beijos?
Fiuk: Tem umas fãs que não têm nem dó nem piedade e vão ali com a fé. Você já ficou com uma fã?
Fiuk: Eu não sei porque surgiu esse boato de que eu ficaria com uma fã. Fã nada mais é que uma pessoa que te admira, escuta sua música, que vai ao show. Não tenho preconceito nenhum. Mas agora eu namoro. Você é muito sentimental?
Fiuk: Eu sou bem emotivo. Total. Que rumo você acha que sua carreira vai seguir daqui para frente? Vai ficar mais no lado musical ou mais para a atuação? Você gostaria de fazer teatro?
Fiuk: Minha vida é música total. Eu respiro música 24 horas por dia. Mas o bichinho da atuação me mordeu também. Agora, teatro, eu acho que eu não me sinto capaz de fazer teatro.Seu pai já abriu mão de novela por causa da música. E se chegar um momento em que você tiver que escolher?
Fiuk: Não vou largar a música, não. Não largo. Espero não ter que passar por isso porque eu amo fazer os dois. Música é tudo junto. O que você acha que é fundamental em uma mulher?
Fiuk: Fundamental é bom humor.E o que você não atura em uma mulher de jeito nenhum?
Fiuk: Falsidade. Ou mulher materialista. E sobre Fiuk, como se fala e quem escolheu esse nome?
Fiuk: Se fala Fíuk (com a sílaba tônica no i). 50% falam certo. Tem gente que fala Fiúk (com sílaba tônica no u). E quem escolheu fui eu. (risos). Estou brincando. Foi o apelido que um amigo meu me deu. Entrevista: Clayton Gallo
Texto: Larissa Faria
Foto: André Wanderley/Colaborador
Outro exemplo:
Como os apresentadores William Bonnere Fátima Bernardes enfrentam o desafio
de morar e trabalhar juntos sem colocar
em risco a chama do casamento
de morar e trabalhar juntos sem colocar
em risco a chama do casamento

Daniela Pinheiro
Carol Feichas/Folha Imagem![]() Bonner e Fátima: "Você precisa vê-lo imitando o Clodovil!" |
Muitos casais odiariam a idéia de viver como William Bonner e Fátima Bernardes, os apresentadores do Jornal Nacional.Casados há doze anos, Bonner e Fátima acordam juntos, voltam da firma no mesmo carro, trabalham um ao lado do outro e, para piorar, ele é chefe dela. Recentemente, as pessoas acompanharam, de forma indireta, um momento da intimidade do casal quando Fátima viajou ao Japão e à Coréia para cobrir a Copa do Mundo – e Bonner permaneceu no Brasil, cuidando dos trigêmeos, hoje com 4 anos. Nesta entrevista, os dois falam sobre assuntos que não aparecem no noticiário: brigas de casal, cenas de ciúme e até crises de TPM.
Veja – Quem os vê na telinha pode achar que vocês não brigam nunca. É isso mesmo?Fátima – Nós brigamos, sim. Mas recorremos a um expediente tipicamente feminino, que ajuda a desfazer mal-entendidos. Sempre que necessário, "discutimos a relação". E a discussão é feita quanto antes, não deixamos para o dia seguinte. Isso zera qualquer possibilidade de ressentimento. Bonner – Foi a Fátima quem impôs essa forma de lidar com os problemas. A gente briga, mas resolve. E resolve no carro, se for preciso. Não esperamos chegar em casa. Como regra geral, não dormimos com um problema. Recomendo essa experiência aos casais, independentemente de trabalharem juntos ou separados. Quando se permite que as diferenças sejam estocadas, as discussões acabam embutindo ressentimentos que podem deixar marcas incontornáveis. É preciso admitir: discutir a relação funciona.
Veja – Fátima, que tal ser chefiada pelo marido?Fátima – Já é um desafio entender que no trabalho o marido precisa ser de um jeito diferente do que é em casa. Piora pelo fato de ele ser meu chefe imediato. No começo, aconteceu de eu não gostar de uma ou outra cobrança feita por ele, e fiquei chateada. E pedir aumento ou folga, então? Tem seu lado chato.
Veja – Bonner, como é chefiar a mulher?Bonner – É terrível. Quem está casado com a funcionária tem de pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa para ela. Quando a mulher faz algum comentário enviesado, é preciso tentar adivinhar se ela está falando por implicância ou porque tecnicamente aquilo está ruim mesmo. Essa abordagem é a pior parte. Tem de fazer sempre com jeito, com cuidado. Nós já erramos muito nesse aspecto. A Fátima, em minha avaliação, errou uma ou duas vezes logo que chegou. Nas primeiras divergências de trabalho, ela usou um tom meio estranho. Depois ficava meio emburradinha. Aí, eu tive de conversar com ela.
Veja – E o que você falou?Bonner – Que a gente precisava tomar cuidado com isso. Porque nenhum funcionário aqui fica com cara amarrada para mim. Não pode. Eu sou o chefe. Mas hoje isso não ocorre mais. A Fátima é adorável no trato, uma pessoa excelente com quem trabalhar. Está sempre de bom humor, não é grosseira. Aliás, só não é tão bom quando ela está com tensão pré-menstrual. Nossa, ela tem uma TPM brava. Mas eu já calculo e nesse período relevo uma série de coisas. Aprendi que, nesses dias, ela tem direito a um tom mais ríspido, uma implicância, essas coisas.
Veja – Não é insuportável ficar dia e noite com quem se está casado?Bonner – No início, eu me lembrava de outro casal de apresentadores de telejornal, o Eliakim Araújo e a Leila Cordeiro, e pensava: "Gente, trabalhar junto assim o tempo todo deve ser um porre". Eu achava muito estranho. Imaginava que seria um inferno, mas era muito novo e minha opinião sobre o assunto mudou. Acho que, se eu não convivesse tanto com a Fátima, precisaria inventar essa convivência. Sinto que ela é minha alma gêmea. Quando a conheci, era ansioso, imaturo, pouco diplomático. Ela me domou. Minha maturidade profissional decorre do meu casamento. E acho que ela vê em mim alguém que a estimulou a brigar pelas coisas. Achamos um equilíbrio. Portanto, respondendo à sua pergunta, é adorável viver com quem se está casado quando se está casado com a Fátima.Fátima – Não somos um casal comum. Passamos as 24 horas do dia praticamente juntos, mas nunca tivemos uma briga séria. Não sei se foi a dificuldade para ter filho o que estreitou ainda mais nossa relação. Quem nos conhece sabe que somos aquilo que as pessoas vêem na televisão.
Veja – É verdade que durante a cobertura da Copa do Mundo vocês recebiam mais de 500 e-mails por dia sobre seus filhos?Fátima – Há duas coisas interessantes nesse tema. A primeira é notar que, quando o William viajou para cobrir a Copa em 1998, ninguém se manifestou sobre as crianças. Era como se fosse normal ele ir e eu ficar cuidando dos filhos. Agora, os e-mails se dividiram. Boa parte deles parabenizava o William, que mostrou ser um ótimo pai. O ibope dele subiu demais depois dessa Copa. Outra parte das mensagens era de mulheres que se sentiram vingadas porque eu fui para a Copa e o pai ficou com as crianças no Brasil.
Veja – Vocês aparecem mais de meia hora por dia na TV, mais tempo do que qualquer casal de novela. Como lidam com a superexposição?Fátima – Nós somos muito visados. As pessoas nos vêem como o casal que dá certo, uma família feliz na vida real. Isso cria uma curiosidade enorme.Bonner – O que revolta é a fofoca. Isso já me aborreceu demais. Quando éramos apenas um casal sem filhos, o.k. Mas agora temos as crianças, e exijo privacidade. Um dos episódios que mais me tiraram do sério foi quando o Leão Lobo (apresentador da Rede Bandeirantes) falou no ar que eu e a Fátima estávamos nos separando. É uma irresponsabilidade.
Veja – O assédio do mulherio a Bonner a incomoda?Fátima – Que nada. Às vezes, vejo umas mulheres olhando para ele, dando umas risadinhas. Mulher é sempre mais ousada que homem. Mas quando elas me vêem costumam se segurar. O assédio ao ator é muito diferente do assédio ao jornalista. Ninguém fica dando gritinho histérico. Elas dizem: "Posso colocar a mão no ombro dele para tirar uma foto?". Ele leva tudo numa boa. É muito brincalhão, engraçado. O William tem uma veia cômica impagável. Você tem de vê-lo imitando o Clodovil!
Veja – E a Fátima brilhando no meio de um time de marmanjos na Copa? Comenta-se que Luiz Felipe Scolari passava até perfume para dar entrevista a ela.Bonner – Olha, adorei o desempenho da Fátima na Copa. Acho que tive ciúme de outro homem uma ou duas vezes. Mas eu não posso nem falar porque seria motivo de piada pela pessoa que é. Ceninha de ciúme, eu protagonizei umas duas ou três. Mas jamais armei uma confusão por causa disso.
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