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INFORMAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

- Reportagem


Texto jornalístico amplamente divulgado nos meios de comunicação de massa, a reportagem informa, de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo acontecimento.
                                                              Por Paula Perin dos Santos

É o relato de uma ocorrência de interesse coletivo, testemunhada ou coleta na fonte por um jornalista ou um corpo de profissionais de jornalismo. É a notícia ampliada, isto é, o ponto de partida, se não a reportagem deixa de integrar o gênero informativo. A reportagem pode ser interpretação, jornalismo interpretativo ou investigação (jornalismo interpretativo) que pedem textos mais extensos e aprofundados.

Na definição de Amaral (1997) “reportagem é a representação de um fato ou acontecimento enriquecida pela capacidade intelectual, observação atenta, sensibilidade, criatividade e narração fluente do autor”




Exemplo:


Comemorou-se ontem o Dia Mundial do Não Fumador
Deixar de Fumar Compensa
Por MARIA JOÃO GUIMARÃES

Quinta-feira, 18 de Novembro de 1999

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Foram ontem apresentados os resultados preliminares dos resultados da campanha "Quit and Win 98", lançada pelo Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP) para incentivar os fumadores a largarem o vício. Um ano depois, 28 por cento dos participantes continuam sem fumar.

Os resultados do INCP, apresentados por ocasião do Dia Mundial do Não Fumador (ver mais noticiário nas páginas 24 e 25) mostram os efeitos - de duas horas até dez anos - de deixar de fumar. Logo duas horas após o último cigarro, a nicotina começa a deixar o corpo. É aqui que começam os sintomas de abstinência. Quatro horas mais tarde e frequência cardíaca e pressão arterial começam a diminuir, apesar de poderem levar cerca de seis semanas a atingir os níveis normais.

Doze horas após a última baforada, o monóxido de carbono começa a sair do sistema e os pulmões começam a funcionar melhor, fazendo com que as faltas de ar se tornem menos frequentes e agudas.

Dois dias mais tarde, o ex-fumador começará a sentir melhor o gosto e o cheiro das coisas, e entre duas a 12 semanas, andará e correrá mais facilmente, já que houve uma melhora na circulação sanguínea. De três a nove meses as melhoras no sistema respiratório são ainda maiores: a capacidade pulmonar aumenta cerca de 10 por cento.

Os grandes riscos como o de ataque cardíaco ou cancro do pulmão diminuem mesmo depois de anos de abstinência. Cinco anos depois de se deixar de fumar, o risco de ataque cardíaco é duas vezes menor do que num fumador, e em dez desce mesmo para níveis idênticos aos de uma pessoa que nunca fumou. Nesta altura, o risco de cancro do pulmão diminui, passando a ser metade do de um fumador.



Os substitutos da nicotina em Portugal






Os substitutos de nicotina, em forma de pensos e pastilhas, são de venda livre em Portugal. No entanto, um parecer da Comissão Técnica de Medicamentos (CTM) do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) aconselha a que estes comecem a ser dispensados apenas com receita médica.

É que a nicotina é uma droga que tem "grande responsabilidade na génese de sérias doenças cardiovasculares e participação nalgumas respiratórias", diz o parecer. Além disso, numa dose de 30 a 60 miligramas "produz a morte em alguns minutos, por paragem respiratória".
"Só porque induzem habituação, todas as substâncias medicamentosas consideradas droga são objecto não só de uma receita médica, mas de uma receita médica especial", lembra o documento. Por isso a nicotina "é o protótipo de fármaco que deverá ser utilizada exclusivamente com prescrição médica e como parte integrante de programas de desintoxicação estruturados", conclui o parecer. O Infarmed só deverá tomar uma decisão depois de uma discussão mais alargada, que deverá incluir também a Direcção-Geral da Saúde.

No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma posição oposta à do parecer da comissão técnica do Infarmed. No seu relatório para 1999, a OMS propõe uma acção global concertada de luta contra o tabaco que incluía, entre outras medidas, o "melhor acesso a substitutos como os pensos de nicotina".

O Infarmed afirma que mesmo com a prescrição obrigatória a acessibilidade não fica diminuída, até porque assim poderia eventualmente abrir-se a porta à comparticipação dos substitutos. No entanto, para isso, tinha de ser feita a relação custo/benefício destes medicamentos.

Curiosamente, a OMS tinha proposto recentemente que o tabaco, esse sim, é que devia ser vendido nas farmácias e só com receita médica - os argumentos eram sensivelmente os mesmos que são agora invocados para a obrigatoriamente de receita dos substitutos: o tabaco provoca habituação e pode causar até a morte.

De qualquer maneira, os substitutos de nicotina estão contra indicados em pessoas que tenham tido acidentes cardiovasculares, arritmias cardíacas ou anginas de peito, úlceras pépticas, insuficiência renal ou hepática, diabetes e mulheres grávidas.


Maria João Guimarães (O Público 18/11/99)

Outro exemplo:

Cadê a cordialidade do carioca?
Sábado é aniversário do Rio e nós te convidamos a fazer uma homenagem à cidade maravilhosa. O RJTV apresenta duas sugestões: respeitar o direito dos outros e preservar o patrimônio público.


Sábado é aniversário do Rio e nós te convidamos a fazer uma homenagem à cidade maravilhosa. A campanha "Seja carioca" vai levar para as ruas a urna do RJTV. Cada cidadão poderá oferecer um presente bem simples, mas muito importante: o compromisso de cuidar do Rio. Hoje, o repórter Edimilson Ávila apresenta duas sugestões: respeitar o direito dos outros e preservar o patrimônio público. 

Grades de ferro arrancadas da quadra esportiva pública - o vandalismo inutilizou um espaço que era de todos. A população tem visto muitos exemplos de desrespeito ao patrimônio público: O monumento a Zumbi dos Palmares, que já foi pichado 23 vezes em um só ano. 

A prefeitura do Rio gasta R$ 650 mil por ano só com a manutenção dos monumentos. A homenagem à Zumbi dos Palmares sempre esteve no topo da lista dos mais depredados. Desde 2007 está limpo, sem pichação. Que este compromisso com a cidade continue firme. 

Firme como Adélia Villas. Há dez anos, trabalha como voluntária e ajuda a preservar um patrimônio carioca com 300 anos de história. 

“O Morro da Conceição é um morro comunidade. Foi o único que restou na cidade com essa característica. Teve uma estrutura muito lusitana no início. A colonização, os imigrantes que chegavam, trabalhavam no porto em frente ao Morro da Conceição. Acho que uma grande parte da história do Rio começou aqui”, diz a voluntária. 

Tudo restaurado, limpinho. Qual o sentimento dela quando vê uma pichação? 

“Sentimento da falta do governo, que não investiu em educação. No momento que o cidadão é bem educado ele ama o que é seu”, afirma Adélia. 

Adélia é uma carioca, nascida no Rio Grande do Sul. “Mas sou carioca honorária. Criei minha família aqui, sou mãe de cariocas e amo esse lugar”, garante. 

Esta carioca gaúcha tem um compromisso com a cidade. “Compromisso é manter isso vivo. O carioca de verdade tem que cuidar do seu bem. O bem cultural é parte da vida da pessoa e tem que ser preservado. É a história”, lembra a voluntária Adélia Villas. 

Outro patrimônio que anda abalado é o jeito carioca. A cordialidade e a simpatia andam em falta no mercado. 

“Você entra no elevador, cumprimenta, dá bom dia, dá boa tarde e ninguém responde”, exemplifica uma carioca. 

Se o “bom dia” está difícil, imagina ceder o lugar no metrô ou no ônibus. Mesmo que o direito seja garantido por lei. 

“Viajo no metrô, segurando no ferro, para lá e para cá, mas não há gentileza. Quando chego, já há gente sentada”, afirma uma senhora. 

O cidadão anda com saudades do passado. 

“Gostaria de ver essa cidade do tempo que eu era mocinha como a praça que era uma beleza, cheia de jardim, cheia de gente, cinemas. Todo mundo se respeitava”, lembra a aposentada Rita Fernandes. 

Mas os bons tempos podem voltar. Há muitos carioquinhas cheios de compromisso com o Rio. 

Quando idoso, bem velhinho, vai atravessar a rua, eu ajudo. Ou quando está carregando sacola pesada eu ajudo a levar para casa. Eles perguntam se eu quero dinheiro e eu digo que não, obrigada”, conta a estudante Raiane Ribeiro. 

Seja carioca. Cuide bem da cidade. 

Preservação da natureza e combater à dengue também são responsabilidades de cada um. E ótimos presentes para o Rio. Estes são os temas da coluna "Seja carioca" de amanhã. Sábado que vem é dia de votar e escolher: qual o compromisso que você vai assumir com a nossa cidade?

(<htm:www.rjtv.globo.com/jornalismo>. Acessado 16/10/10)



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