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sábado, 16 de outubro de 2010

- Jornalismo



Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de comunicação.
Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista pode atuar em várias áreas ou veículos de imprensa, comojornais,revistas, televisão,rádio,websites,weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.

Para José Marques de Melo o que vai diferenciar uma poesia de uma notícia são os gêneros. Os Gêneros podem ser informativos, interpretativos, opinativos, diversional e utilitários eis ai alguns:
- Entrevista







Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse  jornalístico por meio de perguntas e respostas".

A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".

Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.



A entrevista tem um número de variantes case indeterminadas, a seguir citam-se vários tipos de entrevista que aparecem nos médios de comunicação:



  • Informativa ou de atualidade

É a vinculada com os feitos do dia
  • De divulgação
Sobre temas especializados em avanços ou descobertas científicas, médicos, tecnológicos, etc.
  • Testemunhadas
As que aportan dados, descrições e opiniões sobre um acontecimento presenciado
  • Declarações
Dados, julgamentos ou opiniões recolhidos textualmente
  • Inquéritos
Perguntas destinadas a obter informação sobre a opinião de um sector da população sobre um tema
  • Perfil ou semblanza
É próximo da biografia, está baseado na combinação de fontes documentários e testemuñais com dados obtidos da persona entrevistada.
  • Cuestionario fixo
Em alguns médios usa-se periodicamente com diferentes pessoas. Abrange registros diferentes, desde o humor até a seriedade.
  • De investigação ou indagação
Não aparece publicado com forma de entrevista. Utilizam-se para obter ou contrastar informação.
  • Interpretativa
Também conhecida como criativa, de personagem, etc. Interessa a personagem de uma maneira global. Interessa o valor estético do texto e o interesse humano.


Exemplo:



      

  Entrevista com Fiuk: o cantor fala da sua grife e dos novos projetos

Fiuk deixará o elenco de Malhação ID na próxima temporada para estrear no novo reality show adolescente, chamado Jogo da Verdade, que será exibido pelo Fantástico. Além de toda produção como ator, sempre paralelo com o sucesso da banda Hori, o gato também está investindo em novos projetos. Recentemente ele lançou a sua própria coleção de roupas para a grife N.G.C.H., todas com o seu estilo megadescolado. São tantos trabalhos que o cantor até confessou que chega na sua casa literalmente acabado. Mas claro, sobra um tempinho para namorar e também curtir as fãs. Confira a entrevista que Fiuk deu para a gente, falando sobre essa rotina supercorrida!Na sua vida pessoal, você não consegue ficar muito sozinho. Dá tempo de namorar?

Fiuk: Dá. Dá tempo. Se não der, eu travo. 
Você gosta de namorar e o que é mais gostoso durante o namoro

Fiuk: É muito bom porque quando você está trabalhando muito, correndo muito, você começa a dar valor para tudo. Tudo! Para qualquer momento. O momento em que você está na estrada, o momento que você esta gravando, o momento em que você está em casa, que você está com sua namorada, com sua família. Eu estou num momento muito bom da minha vida. Eu estou vendo muita coisa que eu não reparava muito. De sentimentos mesmo, das coisas simples da vida. 
Com quem você gostaria de fazer uma parceria musical ou para atuar?

Fiuk: Eu tenho um sonho muito distante, que é uma pessoa que eu admiro muito. Que é uma banda americana, o Paramore, eu sou fanzaço. Eu ia gostar bastante. 
E atuando?

Fiuk: Atuando... As pessoas que eu quero um dia dividir uma cena junto eu ainda não tenho porte para isso. Vai demorar uns 15 aninhos ainda para eu fazer uma cena. Lilia Cabral, Wagner Moura. Eu estou no dedinho do pé deles ainda e olhe lá.  
O modo como vocês se vestem é uma inspiração para os fãs. Qual o seu estilo e é verdade que você lançou uma grife?

Fiuk: Quem escolhe a nossa roupa é a gente. Fora o estilo, eu lancei uma grife agora, com a marca N.G.C.H., com uma linha de roupas como esta que eu estou usando (uma camisa xadrez de vermelho). Essa roupa já é da grife. Eu estou numa fase bem colorido. Eu era muito preto e branco. Não só no estilo. Na vida mesmo. Eu era muito careta, era muito sério. O “Bernardo” foi o meu grande divisor de águas. Eu peguei o colorido e levei umas calças minhas para as gravações, vermelha, verde. Aí, essa linha de roupas está bem feliz, bem colorida. 
E como surgiu a ideia de lançar uma grife?

Fiuk: Foi uma parceria com a empresa N.G.C.H. Foi uma ideia dos dois, minha e deles. Eu tinha vontade e eles tinham vontade também. E rolou legal. É uma linha masculina e feminina, claro. 
Você foi eleito o cara mais beijado do país. Como você recebeu essa notícia?

Fiuk: Que doido. Eu não sabia, não. Como é que é? É bom. (risos). 
As fãs roubam muitos beijos?

Fiuk: Também. 
Mesmo sabendo que você está namorando, elas roubam beijos?

Fiuk: Tem umas fãs que não têm nem dó nem piedade e vão ali com a fé. 
Você já ficou com uma fã?

Fiuk: Eu não sei porque surgiu esse boato de que eu ficaria com uma fã. Fã nada mais é que uma pessoa que te admira, escuta sua música, que vai ao show. Não tenho preconceito nenhum. Mas agora eu namoro. 
Você é muito sentimental?

Fiuk: Eu sou bem emotivo. Total. 
Que rumo você acha que sua carreira vai seguir daqui para frente? Vai ficar mais no lado musical ou mais para a atuação? Você gostaria de fazer teatro?

Fiuk: Minha vida é música total. Eu respiro música 24 horas por dia. Mas o bichinho da atuação me mordeu também. Agora, teatro, eu acho que eu não me sinto capaz de fazer teatro.
Seu pai já abriu mão de novela por causa da música. E se chegar um momento em que você tiver que escolher? 

Fiuk: Não vou largar a música, não. Não largo. Espero não ter que passar por isso porque eu amo fazer os dois. Música é tudo junto. 
O que você acha que é fundamental em uma mulher?

Fiuk: Fundamental é bom humor.
E o que você não atura em uma mulher de jeito nenhum?

Fiuk: Falsidade. Ou mulher materialista. 
E sobre Fiuk, como se fala e quem escolheu esse nome?

Fiuk: Se fala Fíuk (com a sílaba tônica no i). 50% falam certo. Tem gente que fala Fiúk (com sílaba tônica no u). E quem escolheu fui eu. (risos). Estou brincando. Foi o apelido que um amigo meu me deu. 
Entrevista: Clayton Gallo
Texto: Larissa Faria
Foto: André Wanderley/Colaborador
Outro exemplo:
Como os apresentadores William Bonnere Fátima Bernardes enfrentam o desafio
de morar e trabalhar juntos sem colocar
em risco a chama do casamento

Daniela Pinheiro
Carol Feichas/Folha Imagem

Bonner e Fátima: "Você precisa vê-lo imitando o Clodovil!"


Muitos casais odiariam a idéia de viver como William Bonner e Fátima Bernardes, os apresentadores do Jornal Nacional.Casados há doze anos, Bonner e Fátima acordam juntos, voltam da firma no mesmo carro, trabalham um ao lado do outro e, para piorar, ele é chefe dela. Recentemente, as pessoas acompanharam, de forma indireta, um momento da intimidade do casal quando Fátima viajou ao Japão e à Coréia para cobrir a Copa do Mundo – e Bonner permaneceu no Brasil, cuidando dos trigêmeos, hoje com 4 anos. Nesta entrevista, os dois falam sobre assuntos que não aparecem no noticiário: brigas de casal, cenas de ciúme e até crises de TPM.
Veja – Quem os vê na telinha pode achar que vocês não brigam nunca. É isso mesmo?Fátima – Nós brigamos, sim. Mas recorremos a um expediente tipicamente feminino, que ajuda a desfazer mal-entendidos. Sempre que necessário, "discutimos a relação". E a discussão é feita quanto antes, não deixamos para o dia seguinte. Isso zera qualquer possibilidade de ressentimento. Bonner – Foi a Fátima quem impôs essa forma de lidar com os problemas. A gente briga, mas resolve. E resolve no carro, se for preciso. Não esperamos chegar em casa. Como regra geral, não dormimos com um problema. Recomendo essa experiência aos casais, independentemente de trabalharem juntos ou separados. Quando se permite que as diferenças sejam estocadas, as discussões acabam embutindo ressentimentos que podem deixar marcas incontornáveis. É preciso admitir: discutir a relação funciona.
Veja – Fátima, que tal ser chefiada pelo marido?Fátima – Já é um desafio entender que no trabalho o marido precisa ser de um jeito diferente do que é em casa. Piora pelo fato de ele ser meu chefe imediato. No começo, aconteceu de eu não gostar de uma ou outra cobrança feita por ele, e fiquei chateada. E pedir aumento ou folga, então? Tem seu lado chato.
Veja – Bonner, como é chefiar a mulher?Bonner – É terrível. Quem está casado com a funcionária tem de pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa para ela. Quando a mulher faz algum comentário enviesado, é preciso tentar adivinhar se ela está falando por implicância ou porque tecnicamente aquilo está ruim mesmo. Essa abordagem é a pior parte. Tem de fazer sempre com jeito, com cuidado. Nós já erramos muito nesse aspecto. A Fátima, em minha avaliação, errou uma ou duas vezes logo que chegou. Nas primeiras divergências de trabalho, ela usou um tom meio estranho. Depois ficava meio emburradinha. Aí, eu tive de conversar com ela.
Veja – E o que você falou?Bonner – Que a gente precisava tomar cuidado com isso. Porque nenhum funcionário aqui fica com cara amarrada para mim. Não pode. Eu sou o chefe. Mas hoje isso não ocorre mais. A Fátima é adorável no trato, uma pessoa excelente com quem trabalhar. Está sempre de bom humor, não é grosseira. Aliás, só não é tão bom quando ela está com tensão pré-menstrual. Nossa, ela tem uma TPM brava. Mas eu já calculo e nesse período relevo uma série de coisas. Aprendi que, nesses dias, ela tem direito a um tom mais ríspido, uma implicância, essas coisas.
Veja – Não é insuportável ficar dia e noite com quem se está casado?Bonner – No início, eu me lembrava de outro casal de apresentadores de telejornal, o Eliakim Araújo e a Leila Cordeiro, e pensava: "Gente, trabalhar junto assim o tempo todo deve ser um porre". Eu achava muito estranho. Imaginava que seria um inferno, mas era muito novo e minha opinião sobre o assunto mudou. Acho que, se eu não convivesse tanto com a Fátima, precisaria inventar essa convivência. Sinto que ela é minha alma gêmea. Quando a conheci, era ansioso, imaturo, pouco diplomático. Ela me domou. Minha maturidade profissional decorre do meu casamento. E acho que ela vê em mim alguém que a estimulou a brigar pelas coisas. Achamos um equilíbrio. Portanto, respondendo à sua pergunta, é adorável viver com quem se está casado quando se está casado com a Fátima.Fátima – Não somos um casal comum. Passamos as 24 horas do dia praticamente juntos, mas nunca tivemos uma briga séria. Não sei se foi a dificuldade para ter filho o que estreitou ainda mais nossa relação. Quem nos conhece sabe que somos aquilo que as pessoas vêem na televisão.
Veja – É verdade que durante a cobertura da Copa do Mundo vocês recebiam mais de 500 e-mails por dia sobre seus filhos?Fátima – Há duas coisas interessantes nesse tema. A primeira é notar que, quando o William viajou para cobrir a Copa em 1998, ninguém se manifestou sobre as crianças. Era como se fosse normal ele ir e eu ficar cuidando dos filhos. Agora, os e-mails se dividiram. Boa parte deles parabenizava o William, que mostrou ser um ótimo pai. O ibope dele subiu demais depois dessa Copa. Outra parte das mensagens era de mulheres que se sentiram vingadas porque eu fui para a Copa e o pai ficou com as crianças no Brasil.
Veja – Vocês aparecem mais de meia hora por dia na TV, mais tempo do que qualquer casal de novela. Como lidam com a superexposição?Fátima – Nós somos muito visados. As pessoas nos vêem como o casal que dá certo, uma família feliz na vida real. Isso cria uma curiosidade enorme.Bonner – O que revolta é a fofoca. Isso já me aborreceu demais. Quando éramos apenas um casal sem filhos, o.k. Mas agora temos as crianças, e exijo privacidade. Um dos episódios que mais me tiraram do sério foi quando o Leão Lobo (apresentador da Rede Bandeirantes) falou no ar que eu e a Fátima estávamos nos separando. É uma irresponsabilidade.
Veja – O assédio do mulherio a Bonner a incomoda?Fátima – Que nada. Às vezes, vejo umas mulheres olhando para ele, dando umas risadinhas. Mulher é sempre mais ousada que homem. Mas quando elas me vêem costumam se segurar. O assédio ao ator é muito diferente do assédio ao jornalista. Ninguém fica dando gritinho histérico. Elas dizem: "Posso colocar a mão no ombro dele para tirar uma foto?". Ele leva tudo numa boa. É muito brincalhão, engraçado. O William tem uma veia cômica impagável. Você tem de vê-lo imitando o Clodovil!
Veja – E a Fátima brilhando no meio de um time de marmanjos na Copa? Comenta-se que Luiz Felipe Scolari passava até perfume para dar entrevista a ela.Bonner – Olha, adorei o desempenho da Fátima na Copa. Acho que tive ciúme de outro homem uma ou duas vezes. Mas eu não posso nem falar porque seria motivo de piada pela pessoa que é. Ceninha de ciúme, eu protagonizei umas duas ou três. Mas jamais armei uma confusão por causa disso.

 (<htm: www.veja.abril.com.br>. Acessado 16/10/10)

- Nota


Texto curto composto apenas pelo lide. Normalmente trata de algum assunto de fácil compreensão e assimilação e que seja do interesse do leitor. Algo que já tenha sido noticiado ou que não possui detalhes relevantes para serem descritos.


(<www.infoescola.com/redacao/textos-jornalisticos>. Acessado 16/10/10)
- Box


Um box é um espaço graficamente delimitado que normalmente inclui um texto explicativo ou sobre assunto relacionado à matéria principal.


Box- texto colocado entre fios, isolado graficamente do corpo da cobertura, que destaca algum aspecto, personagem(ns) ou comentário referente ao texto principal ou ao(s) texto(s) coordenado(s), podendo conter um aspecto pitoresco da notícia, um conjunto de declarações sobre o fato abordado, uma entrevista com um dos personagens, um histórico ou a opinião do jornal sobre o assunto.


(<htm.www.estudosdejornalismo.blogspot.com>. Acessado 16/10/10)
- O que é uma chamada?


No Jornal chamada é um texto muito curto na primeira página ou capa que remete à íntegra da matéria nas páginas interiores.
- Foto-legenda




Mineiros desfrutam primeiro final de semana após 69

dias  de calvário  Rodrigo Arangua /AFPG1 mundo Globo 


Os mineiros Carlos Bugueno e Pedro Cortes (vestindo camisa da seleção brasileira) andam pelas ruas de Copiapó, no Chile

Os mineiros Carlos Bugueno e Pedro Cortes ( vestindo camisa da seleção brasileira) andam pelas ruas de Copiapó, no Chile.
- Legenda


No jornalismo, legendas são os textos que aparecem imediatamente abaixo ou ao lado (ou ainda, mais raramente, acima) de uma fotografia, identificando-a, contextualizando-a e acrescentando alguma informação a partir da matéria que a acompanha.


(<http://www.pt.wikipedia.org.wiki/legenda.htm>.Acessado em 16/10/10)


Como fazer corretamente a criação de uma legenda?
Não existe formula mágica mas há alguns parâmetros recomendados. Usarei como exemplo o que o Manual de Redação e Estilo do Jornal Estado de São Paulo comenta.
A primeira delas é que não existe ponto final: Presidente ouve ministro: sucessão em debate / A defesa considera o capitão “corajoso”: Justiça decidiu que ele é “indigno da farda”
Outra que se dá, é que as legendas devem, sempre que possível cumprir duas funções na seguinte ordem: descrever a foto, com o verbo preferencialmente no presente e dar uma informação ou opinião sobre o acontecimento e o uso de dois pontos é recomendável a se utilizar por ser um elemento facilitador de compreensão da legenda.
Presidente ouve ministro: sucessão em pauta / Moradores reagem: “queremos as arvores de volta”
É importante também ressaltar que o(s) detalhe(s) referido(s) na legenda conste do noticiário, para que, a informação não se torne solta e sumária no jornal e nem deixe dúvidas no espírito do leitor. Em resumo, não adianta colocar uma informação que não conste na fotografia, e muito menos no texto.
Com um espírito ético, o manual também faz uma consideração interessante: Não force conclusões exageradas. A foto de uma pessoa aparentemente assustada, sem nada que o justifique, principalmente o texto, desautoriza qualquer legenda apressada como: Joãozinho no Corinthians: assustado com a responsabilidade / Presidente do PMDB não esconde preocupação, destino do partido esta em jogo.
E texto legenda?
Como o texto legenda é ao mesmo tempo uma notícia e uma legenda, deve, por isso descrever a fotografia e relatar o fato em linguagem direta e objetiva. Recomenda-se que o texto legenda preencha de três a cinco linhas cheias, ou o que a diagramação propuser. Lembre-se que não existe parágrafo inicial e nem intermediário no texto legenda.
O ideal em um texto legenda é ele conter pelo menos duas frases.
 (<http://www.aimagem..wordpress.com/2009/04/27/entre-palavras-e-imagens-texto-legenda-e-legenda-como-se-faz/>.Acessado em 16/10/10)

Título


 Os títulos anunciam o texto jornalístico que encabeçam, e são aquilo que em primeiro lugar o leitor apreende quando se debruça sobre as páginas de um jornal. O leitor típico vai viajando de título em título até encontrar algo que lhe prenda definitivamente a atenção, ou corresponda aos seus interesses quotidianos: aí detém-se, prosseguindo a leitura da notícia. Nenhum jornalista desconhece a importância da arte de titular e, também, as dificuldades que a construção de um bom título apresenta.       
            
O título é sempre o mais delicado e o mais difícil de obter numa peça jornalística. Um bom truque consiste em deixá-lo para o fim, para depois de se ter concluído a peça, altura em que o jornalista domina perfeitamente o seu conteúdo. Por vezes isto basta. Ou então fazer uma pausa e pensar noutra coisa depois de terminado o trabalho — uma forma de não menosprezar o poder e a permanente vigília do subconsciente, que às vezes, surpreendentemente, oferece prendas inesperadas.
            
Descrever as funções e principais características do título, e ainda fixar algumas das regras a que a sua construção deve obedecer é tudo quanto um manual pode fazer pelo jornalista. A consecução de títulos brilhantes, bons, maus, razoáveis, péssimos, ou geniais é um acto criador solitário, com resultados muitas vezes desiguais, que cada jornalista tem de enfrentar sozinho.

    “Consideramos bom o título que prende a atenção de todos os leitores, quaisquer que sejam os seus particulares interesses, gostos e hábitos de cada um, ou seja: o que salta à vista e, ao mesmo tempo, se revela ‘suficientemente explícito para que toda a gente o compreenda com facilidade, e misterioso q.b. para suscitar o desejo de obter mais informações’ sobre a matéria que apregoa”, diz Daniel Ricardo

   (<http://www.bocc.ubi.pt/pag/gradim-anabela-manual-jornalismo-2.html>. Acessado em 16/10/10)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

- Reportagem


Texto jornalístico amplamente divulgado nos meios de comunicação de massa, a reportagem informa, de modo mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no questionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, somando as diferentes versões de um mesmo acontecimento.
                                                              Por Paula Perin dos Santos

É o relato de uma ocorrência de interesse coletivo, testemunhada ou coleta na fonte por um jornalista ou um corpo de profissionais de jornalismo. É a notícia ampliada, isto é, o ponto de partida, se não a reportagem deixa de integrar o gênero informativo. A reportagem pode ser interpretação, jornalismo interpretativo ou investigação (jornalismo interpretativo) que pedem textos mais extensos e aprofundados.

Na definição de Amaral (1997) “reportagem é a representação de um fato ou acontecimento enriquecida pela capacidade intelectual, observação atenta, sensibilidade, criatividade e narração fluente do autor”




Exemplo:


Comemorou-se ontem o Dia Mundial do Não Fumador
Deixar de Fumar Compensa
Por MARIA JOÃO GUIMARÃES

Quinta-feira, 18 de Novembro de 1999

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Foram ontem apresentados os resultados preliminares dos resultados da campanha "Quit and Win 98", lançada pelo Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP) para incentivar os fumadores a largarem o vício. Um ano depois, 28 por cento dos participantes continuam sem fumar.

Os resultados do INCP, apresentados por ocasião do Dia Mundial do Não Fumador (ver mais noticiário nas páginas 24 e 25) mostram os efeitos - de duas horas até dez anos - de deixar de fumar. Logo duas horas após o último cigarro, a nicotina começa a deixar o corpo. É aqui que começam os sintomas de abstinência. Quatro horas mais tarde e frequência cardíaca e pressão arterial começam a diminuir, apesar de poderem levar cerca de seis semanas a atingir os níveis normais.

Doze horas após a última baforada, o monóxido de carbono começa a sair do sistema e os pulmões começam a funcionar melhor, fazendo com que as faltas de ar se tornem menos frequentes e agudas.

Dois dias mais tarde, o ex-fumador começará a sentir melhor o gosto e o cheiro das coisas, e entre duas a 12 semanas, andará e correrá mais facilmente, já que houve uma melhora na circulação sanguínea. De três a nove meses as melhoras no sistema respiratório são ainda maiores: a capacidade pulmonar aumenta cerca de 10 por cento.

Os grandes riscos como o de ataque cardíaco ou cancro do pulmão diminuem mesmo depois de anos de abstinência. Cinco anos depois de se deixar de fumar, o risco de ataque cardíaco é duas vezes menor do que num fumador, e em dez desce mesmo para níveis idênticos aos de uma pessoa que nunca fumou. Nesta altura, o risco de cancro do pulmão diminui, passando a ser metade do de um fumador.



Os substitutos da nicotina em Portugal






Os substitutos de nicotina, em forma de pensos e pastilhas, são de venda livre em Portugal. No entanto, um parecer da Comissão Técnica de Medicamentos (CTM) do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) aconselha a que estes comecem a ser dispensados apenas com receita médica.

É que a nicotina é uma droga que tem "grande responsabilidade na génese de sérias doenças cardiovasculares e participação nalgumas respiratórias", diz o parecer. Além disso, numa dose de 30 a 60 miligramas "produz a morte em alguns minutos, por paragem respiratória".
"Só porque induzem habituação, todas as substâncias medicamentosas consideradas droga são objecto não só de uma receita médica, mas de uma receita médica especial", lembra o documento. Por isso a nicotina "é o protótipo de fármaco que deverá ser utilizada exclusivamente com prescrição médica e como parte integrante de programas de desintoxicação estruturados", conclui o parecer. O Infarmed só deverá tomar uma decisão depois de uma discussão mais alargada, que deverá incluir também a Direcção-Geral da Saúde.

No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma posição oposta à do parecer da comissão técnica do Infarmed. No seu relatório para 1999, a OMS propõe uma acção global concertada de luta contra o tabaco que incluía, entre outras medidas, o "melhor acesso a substitutos como os pensos de nicotina".

O Infarmed afirma que mesmo com a prescrição obrigatória a acessibilidade não fica diminuída, até porque assim poderia eventualmente abrir-se a porta à comparticipação dos substitutos. No entanto, para isso, tinha de ser feita a relação custo/benefício destes medicamentos.

Curiosamente, a OMS tinha proposto recentemente que o tabaco, esse sim, é que devia ser vendido nas farmácias e só com receita médica - os argumentos eram sensivelmente os mesmos que são agora invocados para a obrigatoriamente de receita dos substitutos: o tabaco provoca habituação e pode causar até a morte.

De qualquer maneira, os substitutos de nicotina estão contra indicados em pessoas que tenham tido acidentes cardiovasculares, arritmias cardíacas ou anginas de peito, úlceras pépticas, insuficiência renal ou hepática, diabetes e mulheres grávidas.


Maria João Guimarães (O Público 18/11/99)

Outro exemplo:

Cadê a cordialidade do carioca?
Sábado é aniversário do Rio e nós te convidamos a fazer uma homenagem à cidade maravilhosa. O RJTV apresenta duas sugestões: respeitar o direito dos outros e preservar o patrimônio público.


Sábado é aniversário do Rio e nós te convidamos a fazer uma homenagem à cidade maravilhosa. A campanha "Seja carioca" vai levar para as ruas a urna do RJTV. Cada cidadão poderá oferecer um presente bem simples, mas muito importante: o compromisso de cuidar do Rio. Hoje, o repórter Edimilson Ávila apresenta duas sugestões: respeitar o direito dos outros e preservar o patrimônio público. 

Grades de ferro arrancadas da quadra esportiva pública - o vandalismo inutilizou um espaço que era de todos. A população tem visto muitos exemplos de desrespeito ao patrimônio público: O monumento a Zumbi dos Palmares, que já foi pichado 23 vezes em um só ano. 

A prefeitura do Rio gasta R$ 650 mil por ano só com a manutenção dos monumentos. A homenagem à Zumbi dos Palmares sempre esteve no topo da lista dos mais depredados. Desde 2007 está limpo, sem pichação. Que este compromisso com a cidade continue firme. 

Firme como Adélia Villas. Há dez anos, trabalha como voluntária e ajuda a preservar um patrimônio carioca com 300 anos de história. 

“O Morro da Conceição é um morro comunidade. Foi o único que restou na cidade com essa característica. Teve uma estrutura muito lusitana no início. A colonização, os imigrantes que chegavam, trabalhavam no porto em frente ao Morro da Conceição. Acho que uma grande parte da história do Rio começou aqui”, diz a voluntária. 

Tudo restaurado, limpinho. Qual o sentimento dela quando vê uma pichação? 

“Sentimento da falta do governo, que não investiu em educação. No momento que o cidadão é bem educado ele ama o que é seu”, afirma Adélia. 

Adélia é uma carioca, nascida no Rio Grande do Sul. “Mas sou carioca honorária. Criei minha família aqui, sou mãe de cariocas e amo esse lugar”, garante. 

Esta carioca gaúcha tem um compromisso com a cidade. “Compromisso é manter isso vivo. O carioca de verdade tem que cuidar do seu bem. O bem cultural é parte da vida da pessoa e tem que ser preservado. É a história”, lembra a voluntária Adélia Villas. 

Outro patrimônio que anda abalado é o jeito carioca. A cordialidade e a simpatia andam em falta no mercado. 

“Você entra no elevador, cumprimenta, dá bom dia, dá boa tarde e ninguém responde”, exemplifica uma carioca. 

Se o “bom dia” está difícil, imagina ceder o lugar no metrô ou no ônibus. Mesmo que o direito seja garantido por lei. 

“Viajo no metrô, segurando no ferro, para lá e para cá, mas não há gentileza. Quando chego, já há gente sentada”, afirma uma senhora. 

O cidadão anda com saudades do passado. 

“Gostaria de ver essa cidade do tempo que eu era mocinha como a praça que era uma beleza, cheia de jardim, cheia de gente, cinemas. Todo mundo se respeitava”, lembra a aposentada Rita Fernandes. 

Mas os bons tempos podem voltar. Há muitos carioquinhas cheios de compromisso com o Rio. 

Quando idoso, bem velhinho, vai atravessar a rua, eu ajudo. Ou quando está carregando sacola pesada eu ajudo a levar para casa. Eles perguntam se eu quero dinheiro e eu digo que não, obrigada”, conta a estudante Raiane Ribeiro. 

Seja carioca. Cuide bem da cidade. 

Preservação da natureza e combater à dengue também são responsabilidades de cada um. E ótimos presentes para o Rio. Estes são os temas da coluna "Seja carioca" de amanhã. Sábado que vem é dia de votar e escolher: qual o compromisso que você vai assumir com a nossa cidade?

(<htm:www.rjtv.globo.com/jornalismo>. Acessado 16/10/10)